Esta é uma alteração da pele em pessoas que ficam muito tempo em decúbito dorsal por alguma doença crônica e/ou degenerativa, como a imobilidade por sequela de acidente vascular cerebral. Nada mais é do que uma ferida na pele localizada nos pontos de atrito desta com a protuberância dos ossos, principalmente em pessoas predispostas como aquelas portadoras de diabetes mellitus, hipertensão arterial, fragilidade capilar periférica, desidratação e caquexia.
A compressão pelo atrito dos ossos pontiagudos com a superfície que recobre esses ossos degenera toda a estrutura capilar muscular, as faces gordurosas e músculo e finalmente a pele formando úlceras.
Inicialmente começa a apresentar uma vermelhidão que prospera com necrose e ocorre a formação de crosta escura (escara), que vai aprofundando à medida que a pressão e o atrito no leito se acentuam, até chegar aos ossos. Isto é uma síndrome denominada “Úlcera de pressão”, que passou a ser considerada também agora no rol das síndromes geriátricas pela sua importância.
Daí os cuidados especiais que aquelas pessoas que são cuidadoras de idosas devem ter, primeiro em conhecer todo o processo que desencadeia esta síndrome, como evitá-la e como tratar adequadamente.
Mover o paciente no leito a cada duas horas, hidratar a pele permanentemente com cremes, podendo usar remédios naturais da floresta como os óleos de andiroba ou copaíba que são reconhecidamente hidratantes, cicatrizantes e antibacterianos.
Usar cataplasma de goma de mandioca para fechar as feridas e protegê-las, pois tem ação reconhecida pela quantidade de açúcares que contém, promovendo a cicatrização por promoção de fibroblastos. Se o paciente estiver em casa o melhor é tirá-lo da cama e colocá-lo na rede, onde não existe a compressão exercida no leito, mesmo com colchões especiais de ar, de água e casca de ovo.
É a sabedoria popular do homem da floresta que está ganhando espaço científico nestes casos, já sendo utilizadas estas recomendações por instituições de longa permanência para idosos em todo o País.
Então, recomendo quem tiver em sua residência um idoso com predisposição a fazer úlcera de pressão, que cuide corretamente para evitar esta terrível síndrome, que além de ser muito dolorosa ainda pode acelerar a finitude.