Manaus, 21 de novembro de 2024

Niro Higuchi, aplausos e avanços da Ciência na Amazônia

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“O cientista Niro Higuchi, pesquisador do INPA, e co-fundador do portal BrasilAmazoniaAgora – atualmente empenhado na demonstração da descarbonização da indústria da Zona Franca de Manaus, em parceria com Suframa e CIEAM, o Centro da Indústria do Estado do Amazonas – desempenha um papel multiuso e fundamental no desenvolvimento da Ciência na Amazônia”. 

No dia 3 de novembro, o Imperador do Japão, através do Consulado japonês no Amazonas, anunciou a condecoração do Outono do 5º Ano da Era Reiwa, a era da Harmonia em sua mais bela manifestação, ao Dr. Niro Higuchi, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), com a Ordem do Sol Nascente, Raios de Ouro com Laço, “por sua contribuição durante longo tempo na implementação de projetos bilaterais, entre o Japão e o Brasil, relacionados à floresta amazônica”.

O cientista Niro Higuchi, um dos pesquisadores mais importantes da questão climática mundial,

co-fundador do portal BrasilAmazôniaAgora – e atualmente empenhado na demonstração da descarbonização da indústria da Zona Franca de Manaus, em parceria com Suframa e CIEAM, o Centro da Indústria do Estado do Amazonas – desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da Ciência na Amazônia. Sua pesquisa tem deixado um impacto duradouro na compreensão e conservação do bioma florestal, o maior dos trópicos úmidos. Sua notável carreira e contribuições abrangem diversas áreas, com destaque para a investigações sobre mudanças climáticas com os estudos da dinâmica do carbono, e a necessidade de valorização, proteção e manejo sustentável da floresta amazônica.

Uma das conquistas mais decisivas na jornada do cientista Higuchi é seu envolvimento como membro do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), que lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007, conferido aos participantes do combate ao aquecimento global. Sua participação nesse painel demonstra seu compromisso com a pesquisa e o entendimento das implicações da mudança climática global, especialmente no contexto da Amazônia, uma região crítica para a regulação climática do planeta devido à sua vasta extensão de floresta tropical.

Além disso, Dr. Higuchi liderou projetos bilaterais entre o Japão e o Brasil relacionados à floresta amazônica. Seu trabalho na coordenação do “Projeto de Pesquisas Florestais na Amazônia Brasileira” (Projeto Jacaranda) (1995-2003) e do “Projeto Dinâmica do Carbono da Floresta Amazônica”, o CADAF estabeleceu as bases para a cooperação entre os dois países na área ambiental na floresta amazônica. Isso não apenas promoveu a pesquisa científica na região em favor do clima, enfatizando a importância da Amazônia na mitigação da mudança climática devido à sua capacidade de armazenar carbono.

Além de suas realizações em pesquisas, Higuchi desempenha um papel fundamental na formação de futuras gerações de cientistas e na promoção do intercâmbio acadêmico entre instituições brasileiras e japonesas. Seu compromisso de mais de 30 anos como professor do curso de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais do INPA demonstra seu comprometimento em capacitar outros para enfrentar os desafios da conservação florestal.

Desenho de uma árvore

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

Torre Amazônia INPA Torre fica na BR-174 Foto: Cimone Barros Inpa

A presença japonesa na região amazônica é decisiva sob vários pontos de vista. Além do presente alternativo à economia da borracha, desconstruída nas primeiras décadas do Século XX, com a introdução da cultura das fibras naturais, juta e malva, os japoneses foram fundamentais na implantação da ZFM, nos segmentos agrícola, comercial e industrial. A disciplina produtiva, o culto à educação e seus promotores, o esmero nas diversas artes, incluindo a culinária, fazem preciosa essa presença. Os consumidores de tacacá, os mais exigentes, conseguem entender, por toda essa sintonia, porque essa bebida icônica em Manaus é produzida por uma família tradicional da cidade, os Ishiba, com um toque milenar oriental.

O Dr. Niro Higuchi desempenha um papel polivalente e vital no desenvolvimento da ciência na Amazônia. Suas contribuições em pesquisa, educação e diplomacia científica destacam a necessidade urgente de valorizar e proteger o bioma amazônico. E não apenas como um patrimônio natural, mas como um ativo determinante na luta contra a mudança climática e na preservação da biodiversidade global. Seu legado inspira outros cientistas e líderes a continuarem trabalhando incansavelmente para esse propósito universal.

Vista aérea de água e árvores ao fundo

Descrição gerada automaticamente

foto: vecstock/Freepick

Sem sombra de dúvidas, os benefícios que a ciência pode trazer para o desenvolvimento socioeconômico e a sustentabilidade ambiental da Amazônia, na imitação, a Bioeconomia mimética e aproveitamento de seu banco genético são imensuráveis e de grande importância. Atualmente, a parceria do Dr. Niro Higuchi com a Suframa e o CIEAM, instituição pública e organização de classe do Polo Industrial de Manaus, exemplifica como a ciência desempenha um papel criativo e construtivo nesse contexto.

Negacionismos à parte, a pesquisa científica é essencial para encontrar soluções nutricionais, farmacológicas e dermocosméticas que permitam o desenvolvimento econômico, integral, integrado, isto é, sustentável na região. Aqui é a pátria das águas, dos tesouros minerais e energéticos, que possuem um potencial imensurável para a diversificação da indústria sustentável, proteína aquícola, capazes de atender a segurança alimentar do planeta. E a simples reposição florestal, com adoção de espécies de alto valor agregado, pode ser decisiva na estabilização climática, na geração de empregos sustentáveis. E de quebra, a transformação da Amazônia continental no fornecedor de um novo paradigma da relação entre natureza e cultura, ou seja, meio ambiente e desenvolvimento.

Planta com folhas verdes

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foto: Gisele Alfaia

Cabe, aqui, uma reflexão sobre o conceito original de Sustentabilidade. Ele está registrado num dos livros escritos antes da Conferência da ONU, no Rio de Janeiro, em 1992, sobre o paradoxo do Desenvolvimento à luz da Proteção Ambiental/Florestal. Trata-se de Guerra na Floresta, de Samuel Benchimol, onde o conceito responde ao paradoxo apontando um paradigma: “O desenvolvimento deve, a um tempo, ser economicamente viável, politicamente correto, socialmente justo e ambientalmente sustentável”. E sobre Samuel Benchimol, nosso mais sábio amazonólogo, Higuchi ja se manifestou. “Ele é nossa inspiração da pesquisa científica que deve identificar métodos de exploração que minimizem o impacto ambiental e promovam a conservação da biodiversidade”.

“A investigação da neutralidade na emissão de carbono pela indústria instalada em Manaus, segundo Maurício Loureiro, membro da Comissão ESG, do CIEAM, é um exemplo notável de como a ciência pode contribuir para a sustentabilidade ambiental”. O monitoramento e a redução das emissões de carbono, segundo ele, são fundamentais para combater a mudança climática, e essa iniciativa demonstra como a indústria pode operar de maneira mais limpa e eficiente na gestão florestal da Amazônia.

Foto de uma árvore

Descrição gerada automaticamente com confiança média

“Essa parceria com o Dr. Niro, diz Regia Moreira, Conselheira e coordenadora da Comissão ESG do CIEAM, também enfatiza a importância da geração de empregos na região amazônica, um aspecto vital do desenvolvimento socioeconômico regional, fator eficaz para a redução das desigualdades regionais”. Com cerca de 500 mil empregos diretos e induzidos gerados a partir do Amazonas, a indústria desempenha um papel fundamental na melhoria das condições de vida das comunidades locais, proporcionando oportunidades de emprego e crescimento econômico, reforça a empresária.

“A ciência desempenha um papel central na busca por soluções que equilibrem o desenvolvimento socioeconômico e a sustentabilidade ambiental na Amazônia” – conclui Luiz Augusto Rocha, empresário e presidente do Conselho do CIEAM. Para ele, as pesquisas do Dr. Niro Higuchi demonstram como é possível encontrar caminhos para a utilização responsável dos recursos naturais da região, contribuindo para a proteção da floresta, a mitigação do aquecimento global e o bem-estar das comunidades locais”. Essas iniciativas, e os aplausos do governo japonês à ciência e ao cientista Niro Higuchi, exemplificam o potencial transformador da investigação quando aplicada em prol do paradigma da sustentabilidade, no delicado e fascinante desafio de proteger a Amazônia e propiciar emprego, renda e oportunidades para a população.

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