*Manoel Domingos
Continuação ….
Olhar a pracinha,
No arremate do sol,
É ter-te na mente…
Viajar p’ra Maués,
Praia, festa e guaranás…
Selos tropicais,
Boca do Panema,
Certidão de vida boa,
Hoje “palco” à toa…
O cupuaçu
A briu a estação dos sucos…
Vinhos de meninos
Ao comer mari-
Mari, a saliva incendeia:
Delicias da cheia.
Quando o rio está seco,
As marrequinhas se alegram:
Festa no Quelé.
A abelha se banha
Nos polens e nos perfumes,
Seu mel é meu leme…
O nascente é fim…
É eternidade do dia,
Se esta flor não mucha…
Comer tucumã
À tardinha e de manhã,
É chance da vida.
Guilherme de Almeida
Brasil entrando em Hai Kais,
Sinteses de vida…
Todo jaraqui
É brasileirinho d’água,
Se mingua… é mágua,
As flores do vaso
Irradiam paciência,
Mas estão com sede…
No canaçari
A canoa impõe o ritimo…
Vai buscar o sol.
As primas das petalas,
Caem folheadas e tácidas…
Vizinhas do polen.
No quintal da igreja,
Comunidade mirim,
Pimeiras peladas.
“São” tucunaré
Do Arari e do igapó,
Olho no rabo… é so?
A presa do pombo,
Cabe na palma da mão,
Rolinhas no chão.
A varzinha verde
Somou marotas labutas,
Vestidos de juta.
Músicas e Sandrão,
Raiz no Ponto do Sol,
Canções em bemol…
Continua na próxima edição….
*Natural de Itacoatiara/Am. Poeta, professor e escritor. Membro da Associação dos Escritores do Amazonas, da Academia de Letras e Cultura da Amazônia, da Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pan-amazônicos e do Movimento Internacional da Lusofonia. Professor efetivo da UEA. Mestre e doutorando em Letras pela UTAD (Portugal). Fundador da Sociedade dos Poetas Porunguitás.
Views: 3