Inadmissível que lideranças políticas e base aliada amazonenses venham mantendo-se em completa passividade no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em julgamento no Senado Federal.
Por outro lado, PT, PCdoB e base aliada apoiam incondicionalmente a presidente sem ao menos levar em conta que, não obstante o amplo apoio do Amazonas assegurados e os votos aqui conquistados – em média de 70% nas quatros últimas eleições -, a Zona Franca de Manaus e a região amazônica como um todo vêm sendo tratadas à míngua pelos governos do PT.
A SUFRAMA, particularmente, nesses 13 anos perdeu por completo sua competência e autonomia de gestão, prerrogativas de que sempre gozou desde sua implantação em 1967.
Estão inteiramente fora de alcance da Superintendência agendar reuniões do Conselho de Administração (CAS), aprovar Processos Produtivos Básicos (PPBs), submeter, sem o non-obstat de Brasília, projetos de implantação ou de ampliação à aprovação do CAS, além de haver perdido autonomia gerencial sobre os recursos próprios arrecadados localmente e que se encontram contingenciados ao Orçamento da União para ajudar na formação de Reservas.
Essa a realidade contra a qual o poder local não se insurge, mas a aceita complacentemente. Por conveniências político-partidárias governo e classes políticas vão deixando consolidar-se tais distorções até o limite da irreversibilidade.
No longo prazo pode-se prever sem muita dificuldade um único desfecho para a situação: a inevitável perda de importância relativa e significado de nossa ex-agência de desenvolvimento da Amazônia Ocidental. Até que um presidente mal-humorado e às turras com as lideranças locais venha a decretar sua extinção, como ocorreu com a SUDAM e a SUDENE, no Nordeste.
Chega de tanta submissão e passividade irresponsável. Este é o momento de negociar o fim desse quadro de adversidades. A questão é: estamos negociando qualquer coisa ou simplesmente assistindo, como de praxe, a banda do Chico passar?
Views: 15