No artigo passado abordei sobre o distúrbio dos hormônios da tireoide, uma glândula essencial para o bom funcionamento do organismo.
Vimos que o hipotireoidismo é causado pela baixa ou total inexistência de produção dos hormônios T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina), já a produção excessiva dos mesmos causam o hipertireoidismo, uma doença que afeta mais as mulheres do que os homens.
O hipertireoidismo é caracterizado pela aceleração do metabolismo causada pela produção acentuada dos hormônios T 4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina). Com este aceleramento vários órgãos regulados por estes hormônios são comprometidos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins.
A causa mais comum de hipertireoidismo é a Doença de Graves, uma doença hereditária que ocorre quando o sistema imunológico começa a produzir anticorpos que atacam a própria glândula tireoide. Outro fator é o aumento do bócio (inchaço na altura da garganta) provocado por nódulos que produzem hormônios tireoidianos. Ao sentir qualquer alteração nesta região, procure imediatamente ajuda médica.
Os sintomas muitas vezes passam despercebidos e muitas pessoas só buscam auxílio médico quando a doença está evoluindo, o que torna perigoso, pois se não tratado corretamente pode ocorrer insuficiência cardíaca, hipertensão e osteoporose na idade tardia. Os sintomas mais comuns são a perda de peso inesperada, olhos vermelhos saltados, quedas de cabelo, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares, sudorese, irritabilidade, insônia, intolerância ao calor, porém nos idosos geralmente costumam apresentar quadros assintomáticos e muitos relatam apenas fraqueza muscular o que é facilmente confundido com o avanço da idade.
Grávidas devem ter atenção redobrada, pois a doença pode ser passada para o bebê ainda no ventre, é extremamente necessário acompanhamento médico para evitar complicações para ambos.
O diagnóstico de hipertireoidismo é feito através de exames de sangue, por isso a importância de checkup anual para mulheres e homens, após os 40 anos a dosagem dos hormônios tiroidianos devem
estar regularmente na relação das solicitações dos exames. O tratamento dependerá da causa e gravidade da doença, porém dever ser iniciado assim que o problema for diagnosticado.
Podemos prevenir este distúrbio com uma alimentação equilibrada, neste caso o sal Rerde o papel de vilão, pois, devemos ingerir moderadamente iodo adicionado no sal de cozinha para evitar a formação de bócio. A recomendação feita pelo Ministério da Saúde é a dosagem máxima de 5g de sal por dia para pessoas saudáveis, porém nosso consumo chega a ser o dobro, pois ingerimos sal em outros produtos.
Portanto, mulheres, não façam dietas milagrosas de redes sociais sem um acompanhamento médico e homens procurem prezar pelos exames de rotina. A prevenção é melhor maneira de prolongar nossa vida com saúde e bem-estar. Cuidem-se!