Manaus, 28 de novembro de 2023

Soneto do entardecer no porto

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Luz movediça nos beirais pousando,

violáceos traços restos do horizonte,

longínquos barcos, mastros se embalando

na música do dia que se fende.

 

Nos brilhos de ternura, mágoa e tédio

do olhar da moça preso na chegada;

o porto a pressentir o sortilégio

do rio, turva a voz cadente, vasta.

 

Boiam do cais marcadas de inscrições

por mãos de marinheiros estrageiros,

as boias solitárias dos galpões.

 

Assim, eu inscrevi meu barco em arco,

os gritos laborados na cidade,

nos muros desse ocaso, curva tarde.

 

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