Árvore da Amazônia!
Tens a forma de um cálice
Enraizado no solo desta gente,
e com tua copa aberta ao Infinito!
Cálice de sangue…
Sangue desse teu tronco decepado
vendido e transportado como o pau-brasil.
Cálice de sangue
da seiva derramada
ante o machado, o fogo, a motosserra.
Cálice de silencio
Ante o “cáli-ce” do inimigo,
Mas cálice que grita
Pela boca de um Chico Mendes
E de tantos e tantas
Que dão até seu sangue para te preservar!
Cálice erguido ao céu
Como o do Sangue de Cristo
Suplicando, bradando…
Que este cálice de morte se transforme
Em cálice de festa e em cálice de vida !