Nosso corpo possui uma glândula chamada tireóide que é extremamente importante para a homeostase do corpo (funcionamento em perfeita harmonia). Esta glândula é aquela que fica localizada abaixo do pescoço e possui dois lobos em formato de uma borboleta, geralmente é apalpada pelos médicos em consultas de rotina. Os hormônios liberados por ela, T 4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) estimulam e regulam todo o nosso metabolismo e qualquer queda na produção dos mesmos pode levar ao Hipotireoidismo.
O Hipotireoidismo é um problema no qual a glândula tireóide não produz hormônios suficientes para as necessidades do organismo.
Esta deficiência desencadeia vários problemas que podem afetar a frequência cardíaca, a temperatura corporal, o ritmo do intestino, o ciclo menstrual das mulheres e todos os aspectos do processo metabólico do organismo.
Atualmente a incidência varia de 0,3% a 4,6% da população geral, sendo cinco a oito vezes mais prevalentes em mulheres que em homens devido às alterações hormonais.
As manifestações dependem da idade em que a patologia é desenvolvida, do tempo de evolução e da sua gravidade. Os sintomas de alerta são fadiga, intolerância ao frio, ganho de peso inexplicado (muitas mulheres reclamam da luta pela balança sem êxito), constipação, mialgia, alterações de humor brusco e irregularidades menstruais.
Após perceber estes sintomas, procure o especialista em endocrinologia, principalmente se houver histórico familiar desta doença.
Alguns casos são desencadeados precocemente em função do mau desenvolvimento ainda na fase uterina. Neste caso denominamos de hipotiroidismo congênito e na maioria das vezes os sintomas só se manifestarão tardiamente, por isso o famoso teste do pezinho deve ser feito entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê para receber o tratamento adequado caso necessário.
Em adultos, na maioria das vezes o hipotiroidismo é ·causado por uma doença autoimune denominada tireoidite de Hashimoto onde ocorre uma diminuição da quantidade T3 e T 4 que vai para a corrente sanguínea. Uma doença em que o próprio sistema de defesa cria anticorpos para atacar as células da tireoide. Quando há o exagero na produção dos hormônios temos o hipertireoidismo que abordarei na próxima semana neste espaço.
Uma das causas que desencadeiam o desequilíbrio nas glândulas é o excesso de sal, apesar de precisarmos de iodo que já vem adicionado das fábricas, precisamos dosá-lo para mantermos a tireóide saudável. A Organização Mundial da Saúde recomenda apenas 5 gramas de sal diariamente, porém o consumo chega a ser de 12 gramas no prato do brasileiro.
Além do tratamento medicamentoso, o estilo de vida também tem efeito importante tanto na prevenção como no tratamento, a obesidade acarreta prejuízos para intervenção da doença, portanto cuide da saúde em primeiro lugar sempre!