Manaus, 3 de dezembro de 2023

Histórias esquecidas

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O quinino

jesuíta  Calancha foi o primeiro a descrever, em 1633, as propriedades da quina, em Lima, no Peru, para o controle das febres palúdicas, ao informar que ali existia uma árvore, cuja casca transformada em pó tomado diariamente curava os doentes. Desde então o seu uso espalhou-se por toda Europa.

Contudo nada se sabia sobre a planta, somente que ela existia nos Andes, só sendo classificada pelo botânico Joseph Jussieu e depois por Linnaeus, criando a espécie Chinchona, com 40 variedades diversas, entre as quais as de maior teor de quinina são a C. ledgeriana e C. officinalis.

O princípio ativo, denominado quinino, um alcalóide, foi isolado, em 1820, na França, por Joseph Pelletier e Joseph Caventou.

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Em 1880, a Colômbia exportou 2.724 toneladas de casca de quina, para a Europa, e junto com o Peru, o Equador e a Bolívia proibiram a exportação de sementes e mudas, o que não impediu o contrabando para a Indonésia Holandesa e a Índia Inglesa, que acabaram dominando a produção mundial.

Com a guerra, a Alemanha apossou-se dos estoques de Amsterdã e o Japão, da produção holandesa da Indonésia. Houve falta de quinino no Mundo Aliado. Os americanos chegaram a ter 600 mil soldados infectados. Então começaram plantações e a tentar desenvolver sucedâneos químicos.

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Sulfato de Quinino – 1930

Com o tempo foram descobertas as cloroquinas, a primaquina, as sulfas e os antibióticos eficazes contra a malária. Contudo o quinino ainda é aplicável contra o P. Falciparum em formas resistentes àqueles medicamentos.

A malária continua a ser a doença de maior número de casos em toda a região Amazônica. Abaixo alguns vidros de quinino vendidos no interior da Amazônia.

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