Manaus, 6 de dezembro de 2023

Lugar à mesa

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“O caso de eleição, e sem concorrente, para a vice-presidência da Câmara dos Deputados, entretanto, é inscrição de nova página em nossa história política.

O recente processo eleitoral de composição da Mesa Diretora e das comissões técnicas do parlamento federal permitiu que o Amazonas alcançasse e renovasse posições de destaque na estrutura de poder e governo nacional, não só na liderança de partidos com o senador Eduardo Braga no MDB, na presidência da Comissão de Assuntos Econômicos como senador Omar Aziz, mas também como senador Plinio Valério como ouvidor do Senado, e de deputados que se distribuem em pontos chaves da Câmara Federal.

Um deles, entretanto, o deputado Marcelo Ramos, acaba de conquistara culminância da vice presidência   da Câmara dos Deputados, posto jamais concedido a qualquer representante do Amazonas na história do parlamento, e olha que ao longo dos tempos temos tido representantes brilhantes e influentes. Veja-se, por exemplo, Manuel Francisco Machado, na Comissão dos 21 da Constituição de 1891; Silverio Nery e depois Cunha Mello que foram reconduzidos, várias vezes, à posição privilegiada de 1.° secretário do Senado; Sá Peixoto que integrou a Comissão dos 21 do Código Civil; Arthur Virgílio Filho como líder do presidente da República; José Lindoso, que foi vice-presidente do Senado com o brilho de sua inteligência; Arthur Virgílio Neto como senador e chefe da Casa Civil do Presidente; Leopoldo Péres Sobrinho, que exerceu a secretaria geral do diretório nacional da ARENA ao tempo em que isso era relevante, e, com destaque inigualável, o deputado e depois senador José Bernardo Cabral, que foi o relator geral da Constituição da República de 1988.

Cabe registro, também, à relevância que se dava a Álvaro Maia e a Waldemar Pedrosa como representantes do Brasil em importantes convenções internacionais da Organização das Nações Unidas, nas quais se posicionaram com fulgor.

O caso de eleição, e sem concorrente, para a vice presidência da Câmara dos Deputados, entretanto, é inscrição de nova página em nossa história política, e logo em primeiro mandato que é fase que tem sido dedicada, normalmente, ao conhecimento dos escaninhos da Casa. Diga-se, ainda, que tal fato se deu em momento de conflitos profundos grandemente exteriorizado se de disputas surdas entre grupos poderosos em meio às relações partidárias, ideológicas e de governo e oposição, que são aspectos que levam a considerar que esta eleição seja merecedora de referência especial.

O que se tem, a partir de agora -se o deputado amazonense permanecer com voz firme e composições criteriosas como tem tido até aqui-, é a defesa dos interesses de nossa gente e do País repercutindo em conjunto com os interesses e aspirações das demais regiões, e, possivelmente, com menos dificuldade do que tem sucedido, precisamente porque sua palavra, ideias e projetos se revestidas de consciência amazônica estarão em condições de alcançar o trono do governo e a mola do poder com menos dificuldade. Precisa manter a voz altiva sobre os temas de verdadeiro valor para os brasileiros.

Para quem acompanha o processo político esse fato não se origina de favor nem de simpatia, concessão, importância numérica da nossa bancada, muito embora alguns desses fatores possam ter contribuído para esse resultado, mas se trata de conquista obtida pelos representantes do Estado e, mais precisamente, pelo próprio deputado Marcelo Ramos que conseguiu navegar com habilidade, paciência, firmeza e segurança em mar revolto, permanentemente revolto, como é o ambiente político, especialmente no parlamento nacional, Casa em que alguns títeres costumam ter sucesso em detrimento dos que se postam em defesa de suas opiniões.

Os cumprimentos que se dirige ao deputado vice presidente da Câmara Baixa do País, extensivos a todos que representam o Amazonas servem, naturalmente, para realçar que ele passa a ter maior responsabilidade diante da Nação e da população amazonense, o que impõe ainda mais rigor de conduta, preocupação com a ética e observância de conceitos morais rígidos, além da vigilância em atalaia permanente na defesa do desenvolvimento regional, observando o País como um todo, mas pronto a repercutir a nossa voz com mais proximidade do centro decisório nacional. Não é só um lugar privilegiado à mesa.

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