Manaus, 3 de dezembro de 2023

Memoria na terceira idade

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A memória do ser humano é construída a partir de uma sequência instrumentalizada, iniciada pela ATENÇÃO, seguida de PERCEPÇÃO, REGISTRO, ACUMULAÇÃO E EVOCAÇÃO. Nas pessoas idosas a memória poderá sofrer alguma alteração porque a ATENÇAO, que fica dispersiva, não permite mais fazer a sucessão deste processo, o que acaba por não acumular as informações recentes e sim somente as retrógadas. Por conta disto a memória tardia poderá ser evocada, porém a memória recente na maioria das vezes não se consegue evocar.

O cérebro é rico em neurônios e possui em média cem milhões destes. No entanto, com o processo do envelhecimento sofre uma perda média de quarenta mil neurônios a cada noite.

Como estes neurônios são a sede de armazenamento das informações que apropriadamente seguiram o processo de acumulação a partir da atenção e que poderão ser evocados a cada instante, sempre que um destes desaparecer na noite anterior comprometerá a evocação daquela informação que já não mais existirá no cérebro.

E como evitar estas perdas?

Somente com o exercício permanente através de recursos existentes na repetição demorada daquelas informações. Assim a acumulação deverá permanecer em vários neurônios.

Então a terapia da memória terá que ser repetitiva (ler várias vezes o mesmo tema), repetir o ome de pessoas próximas muitas vezes durante o dia, estimular a memória visual e durante o sono deixar um gravador repetindo muitas vezes aquilo que interessa, além de tomar alguns vasodilatadores das artérias cerebrais com frequência, como a ginkgobiloba.

Não necessariamente se perde a memória no envelhecimento, mas na maioria das pessoas ela se altera em função de não exercitar o cérebro, por conta da aposentadoria quando se perde na maioria das vezes a relação social com colegas de trabalho, com os amigos e até mesmo com alguns familiares. Nesse processo a pessoa tende a se isolar, evita ler com a frequência que habitualmente o fazia e perder o contato com a vida atual.

Atenção: O repouso prolongado do cérebro é um risco para a perda da memória! Portanto, não se “retire” da vida dessa forma. Pelo contrário, procure viver com ânimo um dia seguido do outro, participando cada vez mais da sua própria vida e sempre tomando as decisões que melhor lhes aprouver.

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