Pela pedra que rege o passado
Pelo rio que lhe banha e descansa
Minha terra tem o riso estampado
Revestida de verde e esperança.
Tanta historia a sustentar seu seio
E o antigo tão presente e vivo
Velha Serpa, livro aberto ao meio
Doce lar de sorriso cativo.
És secular e tem sabor de encanto
Tua face ostenta a lucidez dos mitos
É uma Amazona num Brasil de tantos
Não foge à luta perante os conflitos.
Ita – pintada pela cor do povo
Revigorada pela juventude
Emana ao vento um aroma de novo
Resplandecendo sua magnitude.
Seus atrativos resumem a paisagem
Mirante almirante para o por-do-sol
A praça da igreja denota a passagem
E os olhos da cobra são como farol.
Da recente orla recende os odores
Mistura de prosa e tanta iguaria
No fim de tarde vão-se os senhores
Se aculturarem na sua alegria.
Terra santa do Santo Rosário
Dos arraiais e procissões da fé
Da bela praça que condiz o horário
E da avenida que lhe faz mulher.
És um presente de Deus venturoso
Que a enaltece com tantas farturas
Do Festival da Canção glamoroso
Ao folclore de lendas tão puras.
Filha de um grande Amazonas
Sinto orgulho por em ti morar
Pedacinho de chão da Amazônia
Oh, velha Pedra! Não irei te abandonar.
Cidade que vive, sonha e é feliz
De patrimônio rico a se invejar
Da Avenida Parque à linda Matriz
Sempre a crescer, viver e reinar.
Uma resposta
Agradeço-lhe por divulgar uma das poesias do meu livro recém-lançado. Homenagear minha cidade não se trata de mera obrigação, mas sim uma forma de demonstrar o meu carinho e apreço por nossa Velha Serpa.