“O que se destaca neste ano, também, é a possibilidade de editarmos as obras que, fora das prateleiras das livrarias e até mesmo de muitas bibliotecas, tem representação especial.
Prosseguindo com a política de edições de obras de seus titulares, a Academia Amazonense de Letras fará publicar, neste ano, um novo conjunto de títulos inéditos e reedições de clássicos de autores que integram a instituição. Há uma grande mobilização dentre as acadêmicas e acadêmicos em apresentar suas contribuições e em sugerir reedições, todas elas muito bem recebidas por José Braga, o diretor de Edições.
O que se destaca neste ano, também, é a possibilidade de editarmos as obras que, fora das prateleiras das livrarias e até mesmo de muitas bibliotecas, tem representação especial seja na literatura em geral, como no campo de suas especialidades, após serem devidamente indicadas, dentre tantas que há mais de cem anos foram sendo dadas à público.
Dentre os clássicos, conforme autorização dos herdeiros e com respeito ao direito autoral, faremos ressurgir para conhecimento amplo, o primeiro livro de Raimundo Monteiro, precisamente o seu “Volutas”, raro entre os mais raros; de Agnello Bitencourt, o “Dicionário amazonense de biografias”; de Aurélio Pinheiro o seu “Gleba Tumultuária”; do professor Arthur Reis, “A Amazônia e a cobiça internacional”; de Paulo HerbanJacob, o “Chuva Branca”; de Anísio Melo, a “Lira Amazônica”; do desembargador Manoel Anísio Jobim, o seu “A intelectualidade no extremo-norte”; de Manuel Nunes Pereira, o seu “Bahira e suas experiências”, de Samuel Benchimol o seu “O Romanceiro da batalha da borracha”; Pericles Moraes e seu “Figuras e Sensações”; Djalma Batista com o seu “Letras da Amazônia”; Cosme Ferreira Filho e o “Amazônia em novas dimensões”, dentre outros que ainda poderão vir a ser selecionados, porque serão mais de quarente obras a serem reeditadas no curso deste ano.
Isso se torna possível por verbas de apoio de emenda parlamentar do deputado Serafim Corrêa, recursos da chamada Lei Aldir Blanc que foi iniciativa do Governo Federal em parcerias com o Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, devidamente aprovados em edital de amplo conhecimento, e recursos oriundos da Prefeitura Municipal por meio da Manaus Cult.
Em meio a essa crise pandêmica, a Casa de Adriano Jorge” persiste em sua programação cultural, mais uma vez adaptada a essa realidade conforme sucedeu no ano passado, notadamente com o projeto “Academia de Portas Abertas” e a realização de ciclo de palestras sobre Direito do Autor e Patrimônio Cultural, e que serão desenvolvidos pelas redes de internet, aplicando verba destinada pela deputada Alessandra Campelo; o projeto “Acadêmico Jovem”, graças a emenda do deputado Ricardo Nicolau, a ser desenvolvido, inicialmente, pelas redes de internet e, posteriormente, de forma presencial.
Dessa forma, desde 1918 quando foi criada e instalada, a instituição vai cumprindo seu papel, promovendo seu contributo às letras, expandindo as possibilidade de conhecimento sobre a vida e a obra de autores que, amazonenses de nascimento ou não, conferem presença no cenário local, seja no romance, ensaio, poesia, crônica, história, política, filosofia, crítica literária, contos, medicina, ciências jurídicas, respondendo a uma tradição que se alonga no tempo, e se faz de forma esmerada.
O que mais anos anima é saber da adesão de professores, leitores e bibliófilos, estudantes e membros do Silogeu que participam ativamente das programações e usufruem das edições e da convivência acadêmica. Neste caso, o que teremos é um verdadeiro renascimento de livros.