Convoco a todos para que, conscientes deste grande risco, lutemos juntos.
Síndrome descrita por pesquisadores franceses no século 19 que deram o nome a ela. Nada mais é do que uma luta autoimune desencadeada por proteínas que não reconhecendo o seu próprio mecanismo de defesa do sistema orgânico humano, atacam com violência e causam a destruição da capa que recobre os nervos tanto do sistema nervoso central quanto do sistema nervoso periférico., a chamada capa de “mielina”, que recobre os nervosos como proteção a qualquer ataque que pode ser de vírus ou bactérias. Tanto assim que já foi observado em infecções por bactérias álcool ácido resistentes de tuberculose, vírus sincicial respiratório, H1N1, HIV e tantos outros. Entretanto, já há algum tempo temos também observado esta síndrome após a presença do vírus da dengue e, mais recentemente, após o vírus da zika.
Esta síndrome tem sido descrita como a total dismielinização dos nervos deixando-os expostos e tornando-os incapazes de transmitir ordens do cérebro para as vísceras e para a periferia do corpo. Seus sintomas são desencadeados, de pronto, surgindo paresias e paralisias ascendentes e descendentes, com perda da sensibilidade à dor, calor, tato e perda dos movimentos voluntários dos membros superiores e inferiores, com paralisia da marcha, obnubilação, estado de prostração que pode levar à morte do paciente.
Existe tratamento terapêutico com a retirada de todo o sangue do paciente em partes, separando as células do sangue da parte líquida e reintroduzindo no Paciente suas células deixando que as funções voltem a produzir sangue total, isto sempre acompanhado de quantidades suficientes de imunoglobulinas para competir com as proteínas que foram modificadas para não reconhecerem o sistema imunológico do paciente. Como os pacientes entram em crise respiratória por falta da contração muscular e expansão da caixa torácica, os mesmos devem ser mantidos respirando artificialmente através de respiradores de pressão e volume. Não podemos esquecer os cuidados especiais para que não desenvolvam úlceras de decúbito, além de alimentá-los através de sonda nasoesofágica ou parenteral, como também ficar atentos aos batimentos cardíacos e à infiltração glomerular.
Portanto, é uma síndrome com alta prevalência de morbidade e mortalidade. Neste momento crítico em que o vetor da transmissão da dengue, da zika e da chikungunya é o mosquito fêmea de aedes aegypti, sendo esta hematófaga e que se alimenta do sangue de qualquer animal e que se estiver contaminada, na picada vai provocar uma contaminação de uma dessas três viroses que estão assustando o mundo. Logo, convoco a todos para que conscientes deste grande risco, lutemos juntos com as autoridades sanitárias para eliminar de vez esta ameaça. Assim como fez Oswaldo Cruz na cidade do Rio de Janeiro, que no passado eliminou focos de um mosquito que transmitia febre amarela e que dizimou milhares de brasileiros.